Por que não fazer a sua própria análise estatística?

Muitos profissionais procuram estatísticos para analisar seus dados. É o que se espera, além do mais é a pessoa ideal para resolver o seu problema. Porém, é preciso que o pesquisador siga de perto a condução da análise, haja vista que o estatístico vai saber que estimador utilizar, o  teste estatístico ideal, o modelo a ser aplicado de acordo com o desenho do estudo. 

O que o estatístico não vai conhecer, ou dominar por completo, é sobre o evento estudado. Tomando como exemplo a área da saúde, por exemplo, fazer uma análise para saber quais variáveis estão relacionadas ao câncer de colo uterino. Como saber diferenciar as variáveis explicativas das variáveis intervenientes (fatores que são decorrentes da doença e não da exposição) ou quais as possíveis interações entre as diferentes variáveis explicativas que é preciso investigar ou quais os principais determinantes referidos na literatura, se o analista não for especialistas no tema.

Não defendo que um estatístico não deva ser contratado para analisar seus dados. O que sugiro é que o pesquisador discuta com o estatístico o modelo explicativo do evento de interesse, além de acompanhar todas as fases da análise. Que se aproprie das medidas estatísticas apresentadas e que saiba interpretá-las.  

Em meu caminho como bioestatístico e epidemiologista, observo que a maioria dos projetos de pesquisa tem planos de análises simples, com aplicação de técnicas estatísticas que podem ser aplicadas e implementadas pelo próprio pesquisador na análise de seus dados a partir do conhecimento de um software estatístico, tendo o profissional da estatística como validador de suas análises. 

Ter conhecimento básico da estatística, da epidemiologia, e saber usar um software estatístico é fundamental na formação como pesquisador, como orientador, e como profissional da área da saúde. 

Para isso pensei nesse Blog. Uma forma de apresentar a pesquisadores da área da saúde temas relacionados à estatística e epidemiologia, com exemplos de análises de dados, aplicações e interpretação de medidas, tendo como ferramenta de análise o software STATA.

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